sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Quem não gosta?

(23 de maio de 2000)

Meu negro amigo.
Me desperta pra vida
Todo santo dia.

Meu doce amigo.
Se estou caindo,
Me dá energia.

Vem do verde.
Vem da roça.
Vem da plantação.

Vem para mim,
Trazendo força,
Trazendo emoção.

Veio para o Brasil.
Aqui cresceu,
Aqui caiu.

É arrancado,
É moído,
É ensacado.
É coitado,
É sofrido,
É amado.

Adoeceu:
É desprezado.
Sobreviveu:
É respeitado.

Satisfaz o Brasil toda manhã,
E durante o dia vem distrair.
No nascer-do-sol, é um galã,
No por-do-sol, parece não existir.

Sei que é pouco o que vem aqui poetizado.
Precisaria de mais linhas para defini-lo como é.
Não há quem negue a importância do coado.
Pois quem não gosta, de nosso querido café?


;-)

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