domingo, 3 de julho de 2011

Forca

(Agosto de 2001)

Estou com a corda no pescoço,
Prestes a morrer enforcado.
Eu mesmo fiz a forca,
Depois de ter me apaixonado.

Ela não sabe que me apaixonei,
Age como se eu fosse um qualquer.
Estou sofrendo com essa situação.
Estou perdido, sem saber o que fazer.

Eu não posso me declarar,
Pois se falo, a forca acaba.
E há pessoas que dependem dessa forca.
Meu compromisso é mantê-la atuante, preparada.

Mas esta forca, não era forca quando a fiz.
Era minha fonte de alegria.
Agora esta corda no pescoço,
Só me traz tristeza e agonia.

Socorro! Socorro! Eu não quero morrer enforcado.
Quero que ela saiba que estou amando,
Mas o dilema me deixa paralisado.
Escrevendo esta poesia, é como se estivesse me declarando.

Não vou ficar sofrendo,
Com essa corda me apertando.
Não vou ignorar meu coração,
Ignorar que estou amando.

Vou esquecer esta forca que fiz,
Vou a ela me declarar.
Depois a forca pode me fazer feliz,
Ou pode, finalmente, me matar.


:-(

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentário são sempre bem-vindos!