quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Devaneio

(14 de Dezembro de 2001)

São estes ares nunca d'antes respirados,
que apavoram o ser imundo social.
Sem sorrisos ou desgostos assombrados,
para falta de um tempo desigual.

Da calúnia e injúria adquiridos,
se alimenta a sede cega de alguém.
Quando muito se calcula o que é perdido,
quando pouco o culpado é ninguém.

No céu que agora sobe a nuvem enegrecida,
já passou o rei da paz celestial.
Mas agora nem a pobre entristecida,
ameniza o assassino sem igual.

Por valores esquecidos se assassinam,
por mentiras apazíguas se contemplam.
A verdade que assombra é a única,
o descaso que condena não comentam.

Não sabemos ser humanos,
não sabemos nem quem somos.
E se não sabemos, para que sermos?
E se sabemos, aonde vamos?

O objetivo em questão não é real,
Se há muito foi-se embora a esperança.
Por um ósculo se perde o natural.
Por um tudo se pensa em ser criança.


:-|

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